sábado, 2 de outubro de 2010

Gente, vocês lembram da nossa aula inaugural?
Olha a matéria que colocaram na página da Fapespa na época:


Começam aulas da oficina de animação no Infocentro Allan Kardec

















A primeira aula do projeto “Argila Digital” aconteceu no último dia 27 e ocupará as tardes de sábado até meados de agosto o Infocentro do Centro Comunitário Allan Kardec, que fica nas imediações dos bairros Jurunas e Condor.

Sandra Carvalho, a idealizadora da oficina, diz que o projeto nasceu de uma experiência anterior que ela teve com animação em 2007. Foi na sistematização deste trabalho, e com a ajuda do edital de Ações Colaborativas para Cidadania Digital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, que o projeto ganhou corpo.

Esta experiência, para ela, é como ter um filho do qual Carvalho fala como uma mãe orgulhosa, e que logo ganhou vários padrinhos. O “Argila Digital” é formado por uma equipe de cinco pessoas que tem a meta ambiciosa de realizar, dentro de137 horas de aulas e um número aproximado de vinte alunos, um curta de animação 3D de 8 min., contando a história da comunidade Alan Kardec.

Todas etapas da produção audiovisual devem ser concluídas nestas aulas. Para isso, eles contam com uma ferramenta pouco difundida, mas bastante poderosa, o Blender. Este software livre é utilizado para a produção de animação e jogos em 3D e pode rodar em plataformas open source, como as que ocupam os computadores dos infocentros do NavegaPará.

Não por coincidência, um dos entusiastas do Blender no Pará, o desenhista Alexsandro Costa, faz parte do grupo que ministrará as aulas do Projeto. Costa, que tem um blog (http://blenderpara.blogspot.com/), onde apresenta e dá dicas de como utilizar o software, acrescenta que, mesmo sendo livre e de relativamente fácil utilização, ele tem uma penetração de apenas 0,1% no Norte do Brasil. Porém, antes de colocar a mão no mouse, os participantes do projeto passarão por vários processos.

O primeiro será uma oficina de contação de história e de texto para roteiro de cinema. Cada processo será conduzido por vários ministrantes. Carvalho, Janice Farias e Chimênia Pinheiro trabalharão com os alunos, nas contações de histórias, o roteiro que servirá de base para a realização da animação.

Em seguida, iniciará a oficina de musicalização e sonorização, com Lenardo Oliveira e, ainda antes da computação gráfica, também está prevista uma oficina de modelagem em argila e massa de modelar, para criar modelos que depois serão transportados para o computador.

A intenção do grupo, após os cinco meses de trabalho, é colocar o produto final na internet e divulgar o máximo possível. “Queremos mostrar que também somos produtores de cultura. Vamos ganhar o mundo com essa história”, conclui Sandra Carvalho, orgulhosa de ver que, após uma longa gestação, finalmente este seu “filho” veio ao mundo.

Fonte: Ascom/Fapespa